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Unindo forças em benefício da Compostagem de resíduos... A pequena, média e grande escala.

  • Foto do escritor: Associação Brasileira de Compostagem
    Associação Brasileira de Compostagem
  • 17 de set.
  • 2 min de leitura

Quando tratamos do tema compostagem termofílica de resíduos, naturalmente surgem dois mundos distintos.

De um lado, os pequenos empreendedores que se auto denominam “composteiros”, pessoas, escolas e comunidades, grupos profundamente engajados em suas causas, cuja força de convicção tem papel transformador.


De outro, a compostagem industrial em larga escala, que requer grandes investimentos, precisa ser eficiente, organizada e economicamente viável, mas que, muitas vezes é percebida como movida apenas pelo lucro.


A verdade, porém, é que essa distinção é mais aparente do que real. Ambos estão, em essência, trabalhando pela mesma causa: transformar resíduos em recursos, reduzir impactos ambientais, impactar positivamente a produção de alimentos e construir uma sociedade mais sustentável.


As plantas de compostagem industrial tem papel insubstituível. Elas recebem e trtam grandes massas de resíduos, desdee restos das atividades agropecuárias até sua indústria associada, fração orgânica do lixo urbano e o lodo das estações de tratamento de esgotos.


Esse trabalho evita a sobrecarga dos aterros sanitários, reduz emissões de gases de efeito estufa, contribui para a fixação de carbono e devolve nutrientes ao solo por meio de fertilizantes orgânicos e organominerais. Mais que um negócio, é uma solução essencial para a gestão pública e privada de resíduos, que precisa ser valorizada por sua contribuição socioambiental.


As iniciativas de pequena escala, notadamente as que permeiam os ambientes urbanos, impulsionadas por pequenos empreendedores, ações comunitárias e escolares, atuam em outra frente igualmente nobre: a da educação ambiental. Elas despertam nos cidadãos uma nova relação com os resíduos que produzem, transformam hábitos e mostram, na prática, que cada indivíduo é parte da solução.


Essas iniciativas são sementes de uma mudança cultural. Sem elas, dificilmente conseguiremos avançar para a segregação em massa do lixo orgânico urbano, condição fundamental para produzir, no futuro, um composto de qualidade em larga escala e alcançar a tão desejada sustentabilidade urbana.


O que parece divergência entre ambientalismo apaixonado de um lado e gestão profissional do outro é, na verdade, complementaridade. Não existe futuro sustentável sem a união dessas duas forças. De um lado, a indústria garante escala, segurança e eficiência. De outro, os pequenos projetos criam consciência, engajamento e cultura. Quando esses dois universos se encontrarem, nascerá uma verdadeira revolução socioambiental.


Para que essa convergência aconteça, o Estado precisa atuar como articulador, incentivando a compostagem industrial e valorizando as iniciativas de pequena escala.


Políticas públicas consistentes podem criar o ambiente ideal para essa união, multiplicando os benefícios: menos resíduos em aterros, mais recursos reaproveitados, mais qualidade de vida nas cidades.


E nós, como sociedade, precisamos reconhecer a nobreza dessa causa comum. A compostagem não é apenas uma técnica de tratamento de resíduos, mas também um instrumento de transformação ambiental, econômica e social.


Isto posto, podemos concluir que, em ambas as iniciativas, a essência é a mesma: dar um destino inteligente ao que chamamos de resíduo e transformá lo em um produto que promova a vida. Essa é a nobreza da compostagem termofílica!


O futuro da gestão de resíduos não está em escolher entre um modelo ou outro, mas em unir os dois, apaixonados e profissionais, ambientalistas e industriais, numa ampla conciliação de visões. Somente assim alcançaremos uma economia verdadeiramente circular, capaz de gerar consciência, prosperidade e bem-estar social.


Por: Fernando Carvalho, associado AB|Compostagem.

 
 
 

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